Pergunte a um fã de videogames qual franquia já deu o que tinha que dar, e há grandes chances de que a resposta que você receberá envolve Assassin's Creed. Mesmo com bons jogos nos últimos anos - Black Flag e Syndicate, principalmente - o dano causado pelos títulos mais criticados, como Assassin's Creed III e Unity, criou um estigma negativo para série da Ubisoft. Agora, depois de um ano de descanso, uma nova esperança está surgindo. Ela vem do Egito antigo e se chama Assassin's Creed Origins.
Nós tivemos a oportunidade de avaliar Origins na Brasil Game Show 2017. Depois de muito tempo ficou claro que a Ubisoft encontrou o caminho certo para dar um novo gás à franquia. Desenvolvido pelo time do elogiado Assassin's Creed IV: Black Flag, o jogo, como o título deixa claro, vai mostrar o começo da ordem dos assassinos, mostrando como o grupo se originou em tempos de uma guerra fria no Egito. De um lado está a misteriosa Ordem dos Anciões, que influencia o jovem rei Bartolemeu XIII a revolucionária Cleópatra.
Entrar no território inimigo para assassinar alvos é quando Origins mais parece com um jogo da Ubisoft. Mas em outros momentos, ele ganha um ar de novidade muito bem-vindo. Por exemplo, o sistema de equipamento agora é totalmente baseado em loot. Se este Assassin's Creed evitar as armadilhas de loot boxes e outras práticas que dificultam a aquisição de bom equipamento, então o jogo terá um incentivo natural para explorar e combater, o que, por sua vez, pode criar um loop de gameplay que recompensa igualmente a repetição - trazendo o fator de replay - e a habilidade. Bons jogadores derrotarão inimigos fortes, dominarão áreas mais complexas e naturalmente estarão melhor equipados para continuar avançando.
Por fim, fora da cidade, há também o vasto deserto. O que mais chamou atenção foi a presença de uma pirâmide que pode ser explorada por Bayek. Como esperado, navegar por dentro da construção requer solucionar diversos quebra-cabeças. Nada complexo como as tumbas secretas de Assassin's Creed II, o que me deixou um pouco decepcionado já que o design de fases e dungeons foi um grande forte dos primeiros jogos da franquia. Espero que ela não seja um exemplo do que Origins oferecerá nesse quesito, mas sim um ponto fora da curva.
Falta pouco para descobrirmos como será o produto final, que chega às lojas em 27 de outubro, e Assassin's Creed merece uma certa cautela por conta dos jogos mais problemáticos da série, mas pelo que jogamos, Origins realmente é a fuga da mesmice que era necessária para, pelo menos, justificar a continuação da franquia 10 anos após sua estreia.
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